domingo, 15 de novembro de 2009

Sabes tanto quanto a Lua


Dizem que há pessoas especiais.
Eu pessoalmente acho que cada um de nós encerra em si algo de especial e é isso que nos diferencia uns dos outros, que nos torna exclusivos,  únicos, cada um à sua maneira. Cada ser humano é ímpar. Cada um com os seus anseios, objectivos, pensamentos, talentos, intenções, vivências e experiências, que por tão exclusivas que são, nos distingue uns dos outros. Como diz Karl Adam: ”Cada ser humano é único; é uma palavra de Deus que não mais se repete.”
Mas tu és diferente… tu vens das estrelas e sabes tanto quanto a lua.
Às vezes viajas pela imensa via láctea, pedes licença à Lua para te servir de assento e as duas conversam obserando o Infinito. E deixas-te por lá ficar, o tempo que for preciso. Depois, aproveitas para sorrir às estrelas e agradecer aos Deuses por te terem deixado entrar na sua "casa". E, ao teu ritmo, vais regressando... mais sábia e solta, tão atenta ao teu redor que consegues captar o mais exíguo pormenor, tal qual uma criança que ainda não perdeu a inocência e a autenticidade, para dar a quem pede, a reflexão e a ponderação essencial.
Eu costumo dizer que tens a “cabeça na lua e os pés na terra”.
Vens do mundo dos sonhos donde os anjos alumiam o caminho e trazes contigo um dom. Desde sempre foi evidente e quem te conhece sabe disso, consegues observar o céu com os olhos de criança. Sempre foste assim…
Acho que todos somos um pouco aquilo que fazemos e talvez seja por isso que consegues falar a língua delas, das crianças. Com toda a sabedoria e aguçada sensibilidade partilhas as suas experiências, inventas novas histórias de fadas e dragões, pintas a guache um painel de muitas cores, brincas com os sons e com as imagens e quase como por magia, dum recorte de papel fazes um pedaço de céu e de uma porção de pano, um fantoche animado. E sorris embevecida quando te dizem: "Gosto muito de ti V.!" 
Tens o dom da entrega aos “teus meninos”, a esta geração que não passa de pequenos “pingentes” que ainda acreditam que no mundo existem apenas a mãe e o pai, a professora e os colegas do Infantário e o resto se divide nos “bons” e nos “maus” e que têm como única preocupação brincar mas amanhã quando os carrinhos forem trocados por automóveis a sério e as bonecas se transformarem em seres humanos, eles irão recordar-te. Lembrar-se-ão da sua primeira Professora em qualquer lugar e altura. E nunca se vão esquecer que para comunicar bastam palavras simples, olhares fixos e cheios de carinho e ternura e que, apesar de entretanto adultos, podem abraçar o mundo com o calor da sua alma de criança que ainda conservam.
Vão saber ouvir os outros e pegar na mão de quem precise, vão saber olhar nos olhos e comunicar através deles…. Contigo por perto o amanhã das nossas crianças será bem melhor e o nosso também.
Texto que um dia escrevi para a minhã irmã V.
Imagem retirada da net.

2 comentários:

  1. Desde já parabéns pelo texto, que, para além de estar muito bem escrito , retracta muito bem a minha pessoa ...
    Sinto-me lisonjeada por tudo o que descreves .
    De uma maneira poética, sensível e pura, conseguiste enaltecer sentimentos e emoções que por vezes estão " adormecidos ".
    Só te tenho a agradecer por me fazeres sentir especial e única.
    Às vezes, pequenos gestos, pequenas atitudes, podem fazer grandes transformações na vida de cada um.
    Continua a escrever, pois sinto que é uma forma inteligente e criativa de seres muito feliz e partilhares essa felicidade com os que te são mais queridos.
    Obrigada,
    Lua...

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  2. como e que um texto destes nao tem comentarisos??

    lindooooo


    amiga linda escritaaa

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